

Por fim, apesar da extensão pequena e baixa riqueza total, a área amostrada abrigou 1/3 das aves aquáticas de água doce para o estado de São Paulo, cinco espécies migratórias e 11 novas espécies para o noroeste do estado. Isto mostra que, além das diferentes épocas sazonais, é necessário analisar separadamente os diferentes tipos de áreas úmidas. Quando analisada a composição das aves nos dois períodos aliada à distribuição espacial, encontramos dissimilaridades temporais acentuadas entre os ambientes com características lóticas (rio e aterro) e lênticas (lagoas). Registramos 52 espécies de aves aquáticas e as riquezas das áreas mostraram-se distintas, pois apenas Cairina moschata (Linnaeus, 1758), Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783), Rosthramus sociabilis (Vieillot, 1817), Aramus guarauna (Linnaeus, 1766), Vanellus chilensis (Molina, 1782), Jacana jacana (Linnaeus, 1766), and Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) foram comuns às seis áreas, o que indica seleção de habitat. Utilizamos a transecção linear para amostragem em seis áreas úmidas (corpos d’água lênticos e lóticos), nos períodos de seca e chuva entre 2012 e 2013. Nosso objetivo foi descrever a diversidade e composição da avifauna aquática, bem como analisar os padrões de similaridade quanto a distribuição temporal e espacial destas aves nesta ecorregião.

Resumo A porção noroeste da ecorregião Floresta Atlântica do Alto Paraná é uma das mais alteradas e fragmentadas da Mata Atlântica, da qual pouco se sabe sobre a avifauna local.
